terça-feira, 19 de julho de 2011
Força Aérea Portuguesa
A Força Aérea Portuguesa (FAP) é o ramo aéreo das Forças Armadas Portuguesas. As suas origens remontam a 1912, altura em que começaram a ser constituídas as aviações do Exército e da Marinha. Em 1 de Julho de 1952, as aviações do Exército (Aeronáutica Militar) e da Marinha (Aviação Naval) foram fundidas num ramo independente denominado Força Aérea Portuguesa.
A FAP tem como missões principais a defesa do espaço aéreo nacional e a cooperação com os outros ramos das Forças Armadas na defesa militar da Nação. Tem ainda como missões complementares a participação em missões no âmbito de compromissos internacionais e de interesse público de Portugal.
Força Aérea Portuguesa | |
Brasão da FAP | |
País | |
Corporação | Forças armadas de Portugal |
Subordinação | Ministério da Defesa Naccional |
Missão | Defesa Aérea de Portugal |
Sigla | FAP |
Criação | 1952 |
Aniversários | 1 de Julho |
Marcha | Hino da Força Aérea Portuguesa |
Lema | Ex Mero Motu |
História | |
Guerras/batalhas | |
Insígnias | |
Comando | |
General José António de Magalhães Araújo Pinheiro [1] | |
Contacto | |
Quartel General | |
Relações Públicas | Avenida Leite de Vasconcelos |
Distrito | |
Código postal | 2614-506 |
Telefone | 21 472 35 09 |
Número Verde | 800 20 64 49 |
E-mail | rp@emfa.pt |
Internet |
Unidades Iniciais da FAP
Em 1952, quando a Força Aérea se tornou independente passou a ter a seu cargo todas as infraestruturas aeronáuticas que eram pertença do Exército e da Marinha. As suas primeiras unidades foram:
Pertencentes à antiga Aeronáutica Militar:
Grupo de Aviação de Caça, em Espinho, com duas esquadrilhas de aviões, Hurricane. As suas infraestruturas foram transformadas no Aeródromo-Base n.º 1 da FAP, sendo desativadas em 1955
Base Aérea n.º 1, em Sintra, vocacionada para a instrução
Base Aérea n.º 2, na Ota, com uma Esquadrilha de transportes Junkers JU 52/3m e um Grupo de três esquadrilhas de caça, uma P-47 Thunderbolt e as outras duas com Spitfire
Base Aérea n.º 3, em Tancos, com a Esquadrilha de Reconhecimento e Cooperação equipada com aviões Lysander e um Grupo de esquadrilhas de caças Hurricane
Base Aérea n.º 4, nas Lajes, com missões de transporte, reconhecimento e busca e salvamento, equipada com cinco Boeing SB-17G, três hidro-aviões Grumman SA-16 Albatross e um Sikorsky UH-19
Base Aérea n.º 5, em Monte Real, Leiria: 20 caças F-16
Campo-Base de Lisboa, com aviões de transporte de vários tipos. Na FAP, a partir de 1955, passou a chamar-se Aeródromo-Base n.º 1, sendo em 1978 transformado em Aeródromo de Trânsito n.º 1
Pertencentes às antigas Forças Aéreas da Armada:
Centro de Aviação Naval de São Jacinto, perto de Aveiro, com aviões torpedeiros Curtiss Helldiver. Na FAP a unidade passou por várias designações, a mais longa das quais Base Aérea n.º 7
Centro de Aviação Naval Sacadura Cabral, descendente do Centro de Aviação Naval do Bom Sucesso, em Belém, transferido para o Montijo na década de 50, estava inicialmente equipada com aviões Consolidated Fleet, North-American T-6 e Grumman G-21 Goose. Na Força Aérea passou a designar-se Base Aérea n.º 6.
A Força Aérea Portuguesa está organizada em três níveis de decisão: estratégico, de programação e de execução.
A Força Aérea Portuguesa está organizada em três níveis de decisão: estratégico, de programação e de execução.
Organização
O Nível de Decisão Estratégico compete ao Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA)*, que exerce o comando da FAP, no que é apoiado pelo Estado-Maior da Força Aérea.
O Nível de Programação compete aos três comandos funcionais da FAP:
- Comando Aéreo;
- Comando de Pessoal da Força Aérea;
- Comando Logístico-Administrativo da Força Aérea.
O Nível de Execução está atribuído às unidades e órgãos dependentes dos três comandos funcionais.
*(O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea é o Comandante da Força Aérea, sendo o principal colaborador do Ministro da Defesa Nacional e do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas em tudo o que diz respeito à Força Aérea Portuguesa.)
Comando Aéreo (CA)
O Comando Aéreo é dirigido por um Tenente-General e tem como missão o planeamento, direcção e controlo dos sistemas de armas e actividade de defesa aérea do território nacional. Compete ainda a este comando a segurança de todas as unidades e órgãos da Força Aérea.
Unidades e Zonas Aéreas
O CA engloba as seguintes unidades:
- Bases Aéreas Principais:
- Base Aérea n.º 1, em Sintra,
- Base Aérea n.º 5, em Monte Real,
- Base Aérea n.º 6, em Montijo,
- Base Aérea n.º 11, em Beja;
- Bases Aéreas Avançadas:
- Aeródromo de Trânsito n.º 1, em Lisboa,
- Aeródromo de Manobra n.º 1, em Ovar,
- Aeródromo de Manobra n.º 3, em Porto Santo,
- Base Aérea n.º 4, nas Lajes.
- Unidades de Vigilância e Detecção:
- Estação de Radar n.º 1, em Fóia,
- Estação de Radar n.º 2, no Pilar,
- Estação de Radar n.º 3, em Montejunto.
- Zonas Aéreas:
- Comando da Zona Aérea dos Açores, do qual depende a Base Aérea n.º 4,
- Comando da Zona Aérea da Madeira (ainda não activado).
Esquadras de Voo
As aeronaves da FAP estão integradas em Esquadras de Voo dependentes das bases aéreas. Em teoria cada esquadra baseia-se em 25, 12 ou 6 aparelhos do mesmo tipo, conforme é, respectivamente, uma esquadra de aeronaves ligeiras, de aeronaves médias ou de aeronaves pesadas. Na prática, esta quantidade varia bastante, dependendo do material disponível. As esquadras com mais aeronaves dividem-se em esquadrilhas de 4 a 8 aparelhos.
As esquadras recebem uma numeração de três algarismos, em que o primeiro indica a sua missão primária, do seguinte modo:
- 1 - instrução;
- 2 - caça;
- 3 - ataque;
- 4 - reconhecimento;
- 5 - transporte;
- 6 - patrulha marítima;
- 7 - busca e salvamento;
- 8 - especial.
O segundo algarismo indica o tipo de aeronave operado pela esquadra, do seguinte modo:
- 0 - asa fixa;
- 1 - misto;
- 5 - asa móvel.
Desta forma, destacam-se:
- esquadras de instrução: Esquadras 101 "Os Roncos" e 103 "Caracóis" baseadas na BA11 em Beja;
- esquadras de caça: Esquadra 201 "Falcões" baseada na BA5 em Monte Real;
- esquadras de ataque: Esquadra 301 "Jaguares" baseada na BA5 em Monte Real;
- esquadras de reconhecimento: Esquadra 401 "Cientistas" baseada na BA1 em Sintra;
- esquadras de transporte: Esquadras 501 "Bisontes" e 504 "Linces" baseadas na BA6 em Montijo, Esquadra 502 "Elefantes" baseada na BA1 em Sintra e Esquadra 552 "Zangões" baseada na BA11 em Beja;
- esquadras de patrulha marítima: Esquadra 601 "Lobos" baseada na BA6;
- esquadras de busca e salvamento: Esquadra 711 "Albatrozes" baseada na BA4 e Esquadra 751 "Pumas" baseada na BA6;
- esquadras de função especial: Esquadra 802 "Águias" dependente da Academia da Força Aérea e baseada na BA1 em Sintra.
Comando de Pessoal da Força Aérea (CPESFA)
É comandando por um tenente-general que tem por missão administrar os recursos humanos da Força Aérea.
Comando Logístico e Administrativo da Força Aérea (CLAFA)
É comandado por um tenente-general que tem por missão assegurar a administração dos recursos materiais e financeiros.
Equipamento
A Força Aérea Portuguesa é hoje, em termos internacionais uma força de média dimensão, com equipamento ao nível dos mais modernos do mundo. Contrariamente a outras forças aéreas, a FAP não atribui uma designação própria às suas aeronaves, adoptando normalmente a designação do fabricante ou fornecedor.
Actualmente, a FAP possui o seguinte material de voo:
Aeronaves de Luta aérea
- Lockheed Martin F-16 A/B MLU
- Lockheed Martin F-16 A/B OCU
[Aeronaves de luta anti-superfície
- Dassault-Dornier Alpha-Jet
- Lockheed P3 P Orion
- Lockheed Martin F-16 A/B OC
Aeronaves de Apoio
- CASA C-212-100 Aviocar
- CASA C-212-300 Aviocar
- Casa C-295
- Lockheed C-130 H/H-30 Hercules
- Marcel-Dassault Falcon 50
- Aerospatiale SE-3160 Alouette III
- Agusta-Westland EH-101 Merlin
- Aerospatiale SA-330 Puma
Aeronaves de Instrução
- Aérospatiale Epsilon-TB 30
- CASA C-212-100 Aviocar
- OGMA Chipmunk Mk 20 (modificado)
- Dassault-Dornier Alpha-Jet
- Aerospatiale SE-3160 Alouette III
- ASK-21
- L-23 Super Blanik
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